terça-feira, 27 de outubro de 2009

Marcha mundial pela Paz























UMA PROPOSTA HUMANISTA



A Marcha Mundial pela Paz e pela Não-violência foi lançada durante o Simpósio do Centro Mundial de Estudos Humanistas no Parque de Estudo e Reflexão Punta de Vacas (Argentina), em 15 de novembro de 2008.

Esta Marcha pretende criar consciência frente à perigosa situação mundial que atravessamos, marcada pela grande probabilidade de conflito nuclear, pelo armamentismo e pela violenta ocupação militar de territórios.


Esta é uma proposta de mobilização social sem precedentes, impulsionada pelo Movimento Humanista através de um de seus organismos, "o Mundo sem Guerras".

A Marcha Mundial já suscitou a adesão de milhares de pessoas, agrupações pacifistas e não-violentas, diversas instituições, personalidades do mundo da ciência, da cultura e da política, sensíveis à urgência do momento.

Urge criar consciência da Paz e do desarmamento. Mas é necessário também despertar a consciência da Não-violência que nos permita rejeitar não somente a violência física, mas também toda forma de violência (econômica, racial, psicológica, religiosa, sexual, etc.). Esta nova sensibilidade pode se instalar e comover as estruturas sociais, abrindo caminho para a futura Nação Humana Universal.


Reivindicamos nosso direito de viver em paz e liberdade. Não se vive em liberdade quando se vive ameaçado.


A Marcha Mundial é um chamado para que todas as pessoas unam seus esforços e tomem em suas mãos a responsabilidade de mudar nosso mundo, superando sua violência pessoal.

 A marcha já está inspirando diversas iniciativas e atividades que deverão se multiplicar nos próximos meses. Uma delas será a marcha simbólica de uma equipe multicultural que percorrerá os seis continentes.

Começou em 2 de outubro (Dia Internacional da Não-violência) em Wellington, Nova Zelândia, e culminará em 2 de janeiro de 2010 ao pés do Monte Aconcagua, em Punta de Vacas, Argentina.


Durante todo esse tempo, em centenas de cidades serão realizadas marchas, festivais, fóruns, conferências e outros eventos para criar consciência da urgência da paz e da não-violência. No mundo todo, campanhas de adesão à Marcha multiplicarão esse sinal para além do que é agora imaginável.

Pela primeira vez na história, um evento dessa magnitude se põe em marcha por iniciativa das pessoas e a verdadeira força desta Marcha nasce do simples ato de quem, por consciência, adere a uma causa digna e a compartilha com outros.

No Brasil 

A equipe principal da Marcha Mundial pela Paz e a Não-Violência estará no Brasil a partir de 16 de dezembro de 2009 e passará pelos seguintes pontos:

Recife/PE: 16 de dezembro;

Salvador/BA: 17 de dezembro;

Rio de Janeiro/RJ: 18 e 19 de dezembro;

Parque Caucaia/SP: 20 de dezembro;

São Paulo/SP: 20 e 21 de dezembro;

Em São Paulo a EB se dividirá em duas, para posteriormente reunir-se em Buenos Aires.Uma parte fará o trajeto de Curitiba, Florianópolis, Porto Alegre, Montevidéu, Buenos Aires e os outros São Paulo, Foz de Iguaçu, Assunção, Paraguai, Resistencia, Rosario, Buenos Aires.

22 de dezembro –Curitiba/PR

23 de dezembro – Foz do Iguaçu/RS

24 de dezembro- Florianópolis/SC

25 de dezembro- Porto Alegre/RS

26 de dezembro- Canoas/RS

Noticia retirada do site: http://marchamundial.org.br/

Aproveite a oportunidade e contribua com um Mundo de Paz!!

Anote as datas da caminhada em sua agenda, coloque seu melhor tênis e vá até as ruas  "caminhar pela paz" , em memória de todos aqueles , que já deram as suas vidas por ela.  

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

O esforço do Prêmio Nobel


















Recentemente o comitê Nobel para a Paz ,do parlamento norueguês, foi concedido ao Presidente Barack Obama, pelos “esforços  extraordinários” que está fazendo, para reforçar a diplomacia mundial. Hoje ele é aclamado pelo mundo, como o homem que busca a Paz e a conciliação entre os povos.


O caráter consagrativo de um prêmio dessa envergadura,deixou muita gente perplexa e em dúvida a respeito do mérito de Obama.Diante do espanto de todos -inclusive do premiado- o mundo questiona:
O que ele fez de concreto para merecer o prêmio? Não é muito cedo para se chegar a conclusões de como será o seu mandato como Presidente da República? E se ele não conseguir promover a Paz? 


Com certeza um dos motivos que estimularam a escolha, foi o clima de expectativa e confiança, criados em torno da sua pessoa- carismático e determinado- em poucos meses já demonstrou o poder de conciliação do  seu Governo.


Humilde, interpretou este Prêmio, não como a recompensa por atos concretos em prol da paz, mas como um incentivo e uma “chamada à ação”.


Sua resposta, levou-me a comparação com uma pergunta ,formulada por Allan Kardec, no Livro dos Espíritos , que remete a essa situação. A pergunta é como reconhecemos um verdadeiro espírita? Os espíritos respondem que ele é reconhecido pelo “esforço” que faz para combater suas más inclinações.


Ora, se os espíritos não nos condenam e não esperam de nós a perfeição, valorizando o esforço de cada um, é claro que a “vontade” e a “ação” podem mudar o cenário tanto a nível individual como coletivo.


Nossa cultura é imediatista e baseada na crença materialista.Não estamos acostumados a valorizar “esforços” e sim “conquistas”. Queremos tudo pronto, às vezes, não percebemos que temos que trilhar um longo caminho para alcançar um objetivo, e com  incentivos, conseguimos mais rápido.
Se os exemplos de esforços, começarem de um Líder de uma Nação como os EUA, as conquistas, refletirão em todo o Mundo.


Segundo algumas redes de notícia, Obama é totalmente o oposto de George W. Bush, último presidente americano- com o maior índice de rejeição.
-Obama vê um mundo multipolar no qual Washington exerce grande influência, mas através da colaboração com outras potências democráticas.
-Obama opta pelo diálogo e a negociação.
-Obama pensa que o progresso dos Países mais pobres, é chave para garantir a liberdade, a segurança e a riqueza dos norte-americanos.
Obama assume que a luta contra a mudança climática e a promoção das energias renováveis é imprescindível para a sobrevivência da espécie humana.
-Obama também disse algo absolutamente novo em relação à América Latina: Washington já não considera essa zona como seu bananal no quintal de trás, deseja relações fraternas com suas populações e, para desgosto dos golpistas de Honduras, não consente que presidentes eleitos democraticamente sejam depostos à força.
-Obama estendeu a mão a regimes como Cuba e Irã, dando-lhes a oportunidade de evoluir pacificamente para uma situação de normalidade democrática e participação construtiva na comunidade internacional.
-Obama enfrenta as questões do Afeganistão com clareza, reconhecendo os erros do passado.


Em todo caso, Bush foi o lado escuro dos EUA para centenas de milhões de habitantes do planeta e Obama representa o lado luminoso. E foi isso o que o Instituto Nobel da Noruega quis premiar, a fim de reforçá-lo, enquanto ainda, no campo das idéias, fortalecendo e incentivando as suas ações.
Quem sabe, um convite e um apoio para que não desista.E perante a confiança do Mundo, aqueles que ainda resistem, acabem se entregando à verdadeira Paz.


Vamos torcer!!



segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Um dia para os animais

























Ontem dia 04/10, comemorou-se o dia Internacional dos animais e também o dia de São Francisco de Assis, considerado o padroeiro dos animais. De fato, é comum encontrar nas sedes das entidades de proteção animal imagens do santo italiano. Por sua relação de amor e respeito aos animais, a data serve também para comemorar o Dia Mundial dos Animais.Há alguns anos o Papa João Paulo II decretou São Francisco de Assis como o padroeiro da ecologia, pelo reconhecido amor a todas as criaturas.


A primeira classificação dos animais, como conhecemos hoje, se deu em 350 a.C., com Aristóteles. Este filósofo grego catalogou, na época, 500 espécies. Ele já considerava o golfinho, por exemplo, um bicho da terra, explicando que, ao contrário dos peixes, ele amamentava os seus filhotes. Hoje, os golfinhos já não servem de meio de transporte para deuses, mas ainda são considerados os mais inteligentes animais marinhos do planeta. Quase "os humanos do mar".(http://www.klickeducacao.com.br/2006/conteudo/pagina/0,6313,POR-709-3065-,00.html)

Mal podia imaginar o sábio Aristóteles que, num futuro distante, esses mesmos golfinhos estariam ameaçados de extinção, necessitando de projetos voltados para a proteção das espécies, a fim de evitar o pior, ou seja, o extermínio.


Em tempos remotos, a quantidade de animais e plantas no planeta era tanta, que o homem não chegava a representar qualquer tipo de ameaça às espécies existentes. Hoje em dia, no entanto, a situação é bem outra: somos mais de seis bilhões de pessoas no mundo, com práticas e atitudes que vêm diminuindo a população dos animais e também a das plantas e organismos vivos da terra.


O comércio ilegal de inúmeras espécies, além da destruição dos ecossistemas naturais, vêm a ser as duas grandes ameaças à sobrevivência da vida silvestre. No Brasil, são mais de 200 espécies da fauna e mais de 100 da flora que estão condenadas à extinção, caso nenhuma medida seja tomada a respeito com o intuito de protegê-las.


Entre os vegetais, o mogno é uma árvore sob ameaça de desaparecer, assim como a arara azul e o mico-leão-dourado são animais em vias de sumir do planeta. Mexer com a flora é também mexer com a fauna, desequilibrando a relação bicho-habitat.


"Chegará o dia em que os homens conhecerão o íntimo dos animais, e, neste dia, um crime contra um animal será considerado um crime contra a humanidade".
Leonardo da Vinci (1452-1519)

Como vocês podem ver, há cinco séculos já havia a preocupação com os animais. Mas foi só em 1978 que os seus direitos foram registrados, quando a UNESCO aprovou a Declaração Universal dos Direitos do Animal. O Dr. Georges Heuse, secretário geral do Centro Internacional de Experimentação de Biologia Humana e cientista ilustre, foi quem propôs esta Declaração. Você confere a seguir o texto do documento, que foi assinado por vários países, inclusive o Brasil.

Declaração Universal dos Direitos do Animal

Art. 1º - Todos os animais nascem iguais perante a vida e têm os mesmos direitos à existência.

Art. 2º - O homem, como a espécie animal, não pode exterminar os outros animais ou explorá-los violando este direito; tem obrigação de colocar os seus conhecimentos a serviço dos animais.

Art. 3º - Todo animal tem direito à atenção, aos cuidados e à proteção do homem. Se a morte de um animal for necessária, deve ser instantânea, indolor e não geradora de angústia.

Art. 4º - Todo animal pertencente a uma espécie selvagem tem direito a viver livre em seu próprio ambiente natural, terrestre, aéreo ou aquático, e tem direito a reproduzir-se; Toda privação de liberdade, mesmo se tiver fins educativos, é contrária a este direito.

Art. 5º - Todo animal pertencente a uma espécie ambientada tradicionalmente na vizinhança do homem tem direito a viver e crescer no ritmo e nas condições de vida e de liberdade que forem próprias de sua espécie; Toda modificação deste ritmo ou destas condições, que forem impostas pelo homem com fins mercantis, é contrária a este direito.

Art. 6º - Todo animal escolhido pelo homem como companheiro tem direito a uma duração de vida correspondente à sua longevidade natural; Abandonar um animal é ação cruel e degradante.

Art. 7º - Todo animal utilizado em trabalho tem direito à limitação razoável da duração e intensidade desse trabalho, alimentação reparadora e repouso.

Art. 8º - A experimentação animal que envolver sofrimento físico ou psicológico é incompatível com os direitos do animal, quer se trate de experimentação médica, científica, comercial ou de qualquer outra modalidade; As técnicas de substituição devem ser utilizadas e desenvolvidas.

Art. 9º - Se um animal for criado para alimentação, deve ser nutrido, abrigado, transportado e abatido sem que sofra ansiedade ou dor.

Art. 10º - Nenhum animal deve ser explorado para divertimento do homem; As exibições de animais e os espetáculos que os utilizam são incompatíveis com a dignidade do animal.

Art. 11º - Todo ato que implique a morte desnecessária de um animal constitui biocídio, isto é, crime contra a vida.

Art. 12º - Todo ato que implique a morte de um grande número de animais selvagens, constitui genocídio, isto é, crime contra a espécie; A poluição e a destruição do ambiente natural conduzem ao genocídio.

Art. 13º - O animal morto deve ser tratado com respeito; As cenas de violência contra os animais devem ser proibidas no cinema e na televisão, salvo se tiverem por finalidade evidenciar ofensa aos direitos do animal.

Art. 14º - Os organismos de proteção e de salvaguarda dos animais devem ter representação em nível governamental;

Os direitos do animal devem ser defendidos por lei como os direitos humanos.
Fonte:
http://www.ibge.gov.br/

Ao analisar a relação homem-animal ao longo da história da humanidade, percebemos que muitos erros e atrocidades foram cometidos contra os animais, por falta de conhecimento, pela ganância ou em nome de tradições culturais. Com o desenvolvimento de estudos, análises e teorias sobre comportamento animal, o homem passou a modificar sua postura, pois percebeu que os animais também sofriam e sentiam medo, dor e angústia. Isso aconteceu graças ao trabalho dos cientistas e estudiosos do comportamento animal e dos defensores de animais - pessoas que, mesmo sem nenhuma formação acadêmica, lutam pelos direitos dos animais, tirando-os das ruas, protegendo-os, criando e cuidando de abrigos.

Ainda hoje vemos situações que não podem ser aceitas sem pelo menos o sentimento de forte indignação, abrigos superlotados com animais abandonados à própria sorte por seus donos, maus-tratos, envenenamentos, venda ilegal de animais silvestres, rodeios, touradas, farra do boi, ursos torturados na China, circos, feiras de animais sem controle sanitário, uso de animais em testes para cosméticos, projetos de lei que perpetuam os maus-tratos e uso em experiências científicas.

Por isso, vamos aproveitar a data para refletir por alguns instantes sobre tudo aquilo que devemos aos animais, sobre todos os erros cometidos até agora. Existe um caminho a ser seguido, que é o respeito a todas as formas de vida, tanto aos aspectos mais básicos, como abrigo e alimentação, quanto ao direito a afeto, liberdade e à vida.

Se possível vamos corrigir nossa alimentação, incluir o menos possível a carne vermelha ou branca, permitindo o direito à vida , desses seres que fazem parte da criação , e que  mantêm o equilíbrio e a vida em nosso Planeta.