sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Um outro mundo é possível - FSM







Comemorando 10 anos, o Fórum Social Mundial recebeu mais de 155 mil pessoas, em mais de 7 cidades de Porto Alegre,  abordando questões relacionadas a um mundo possível para todos.
O processo do Fórum Social Mundial, desde seu início, se caracteriza pela autogestão das atividades e ações. Esta autogestão é um processo complexo porque parte da premissa que todas as opiniões e ideias de todos os sujeitos sociais precisam ser levadas em conta, independente de sua “força política”.
Por conta deste método, toda as construções de decisões do FSM ocorrem após várias reuniões, conversas, diálogos e consultas. Sempre por consenso ou maioria política. Nunca houve votação ou imposição de uma maioria eventual.
Neste momento do processo,as entidades organizadoras desejam que o encontro dos vários movimentos sociais e entidades possam "avaliar"os avanços destes 10 anos de FSM e "indicar" novos caminhos para o processo, frente à conjuntura internacional e planetária.
Apesar de alguns temas polêmicos, como a liberação do uso da maconha, acreditando que a liberação deve afastar o usuário de drogas do consumo "proibido", e das questões relacionadas ao MST e partidos de esquerda, os temas relacionados as questões ambientais, aos povos indígenas e a educação foram destaques do encontro.Um belo espaço de reflexões da sociedade em busca de alternativas.

Segue um resumo do debate com o tema: 
O desafio humano para uma era sustentável.
A necessidade de mudança radical no comportamento humano para a constituição de uma verdadeira educação ambiental esteve em evidência na conferência “Educação Ambiental e o Desafio de Uma Era sustentável”, ocorrida na manhã desta quinta-feira (28/01) no Pavilhão Central Sapiranga do Fórum Social Mundial em Porto Alegre.
O ambientalista e economista político Ladislau Dowbor,  apresentou a evolução das águas, a situação das florestas mundiais, a extinção das espécies e a evolução do aquecimento global. Alertou que hoje o Planeta Terra soma 7 bilhões de pessoas e destacou a importância do controle de natalidade em todo o mundo.
Para o ambientalista de origem francesa, o maior problema do planeta é fruto do crescimento desordenado e rápido da população mundial. “Todos querem consumir mais carne, o que significa mais metano e mais aquecimento. A gente tem que repensar isso”, ressaltou.
Ladislau Dowbow também citou uma frase comum em seu país que diz: “Nada será legitimamente teu, enquanto a outrem faltar o necessário.” A citação veio em defesa de uma mudança radical no comportamento humano.
Para encerrar, ele preferiu resumir tudo o que disse ter escrito e teorizado em livros e em seu próprio site www.dowbor.org, com outra citação: “O sucesso não pode ser medido pelo que eu arranquei do planeta, mas pelo que eu contribui com ele.”
O jornalista Luís Antônio Carvalho, falou das prioridades do Governo Federal, sobretudo da defesa do Código Florestal Brasileiro. apontou a necessidade do trabalho integrado entre Governo Federal, estados e municípios. Salientou que campanhas ambientais bem-sucedidas não necessitam de muitos recursos, mas, sim, de apoio das comunidades. “A responsabilidade das diversas campanhas acaba sempre caindo sobre os ombros dos professores. Daí a necessidade de uma excelente formação para os quadros da educação”, defendeu o representante do Ministério do Meio Ambiente.

Fonte:
Cátia Cylene
Núcleo de Comunicação Social do FSM em Sapiranga

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