segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Ser Voluntário- além das fronteiras


"Segundo definição das Nações Unidas, "o voluntário é o jovem ou o adulto que, devido a seu interesse pessoal e ao seu espírito cívico, dedica parte do seu tempo, sem remuneração alguma, a diversas formas de atividades, organizadas ou não, de bem estar social, ou outros campos..."
É um agente de transformação, que presta serviços não remunerados em benefício da comunidade; doando seu tempo e conhecimentos. Realiza um trabalho gerado pela energia de seu impulso solidário, atendendo tanto às necessidades do próximo ou aos imperativos de uma causa, como às suas próprias motivações pessoais, sejam estas de caráter religioso, cultural, filosófico, político, emocional."
Quando nos referimos ao voluntário contemporâneo, engajado, participante e consciente, diferenciamos também o seu grau de comprometimento: ações mais permanentes, que implicam em maiores compromissos, requerem um determinado tipo de voluntário, e podem levá-lo inclusive a uma "profissionalização voluntária"; existem também ações pontuais, esporádicas, que mobilizam outro perfil de individuos que colaboram com a sociedade.
Ao analisar os motivos que mobilizam em direção ao trabalho voluntário, percebemos que existem dois componentes fundamentais: o de cunho pessoal, a doação de tempo e esforço como resposta a uma inquietação interior que é levada à prática, e o social, a tomada de consciência dos problemas ao se enfrentar com a realidade, o que leva à luta por um ideal ou ao comprometimento com uma causa.
No livro, "Em Busca de Sentido", do Dr.Viktor Emil Frankl (1905/ 1997) , médico e psiquiatra austríaco, sobrevivente dos campos de concentração, fundou a escola da Logoterapia, que explora o sentido existencial do indivíduo e a dimensão espiritual da existência. Demonstra a força do ser humano e a sua capacidade de doação, mesmo diante de situações extremas, encontrando respostas existenciais quando no exercício da fraternidade.

.." Nós que vivemos nos campos de concentração podemos lembrar de homens que andavam pelos alojamentos confortando a outros, dando o seu último pedaço de pão. Eles devem ter sido poucos em número, mas ofereceram prova suficiente que tudo pode ser tirado do homem, menos uma coisa: a última das liberdades humanas - escolher sua atitude em qualquer circunstância, escolher o próprio caminho."

Nesse dia especial, vamos refletir quais são nossos valores, observando se estamos tão somente oferecendo aquilo que temos ou se estamos em busca de algo mais sublime para a nossa existência, desenvolvendo virtudes e a capacidade de amar uns aos outros.
Segue uma definição de Virtude, encontrada no Livro dos Espíritos de Allan Kardec: 
Questão 893: Qual a mais meritória de todas as virtudes?
- Todas as virtudes têm o seu mérito, porque todas são indícios de progresso no caminho do bem. Há virtude sempre que há resistência voluntária ao arrastamento das más tendências; mas a sublimidade da virtude consiste no "sacrifício do interesse pessoal para o bem do próximo, sem segunda intenção. A mais meritória é aquela que se baseia na caridade mais desinteressada."        

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