quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

O verbo Reutilizar na volta às aulas


O mês de janeiro está terminando e um assunto bastante comum nessa época do ano é a lista de material escolar. Os Pais que tem filhos nas escolas, enfrentam dificuldades em relação as listas imensas que são produzidas todos os anos pelas escolas e professores.
A cultura que incentiva a " compra do material novo" faz parte das grandes capitais, que estimulam a venda dos produtos de grandes empresas, gerando empregos e lucros dos impostos recolhidos. A cidade é beneficiada com toda essa movimentação financeira produzida pela sociedade de consumo ano após ano. 
Penso que as escolas e professores, deveriam incentivar pais e alunos a reciclar, a reutilizar aquilo que ainda serve do ano anterior, inclusive a troca de material didático entre os alunos ou a criação de pequenos "sebos" para aqueles que não tem condições de comprar um livro novo.Lápis de côr usados, canetinhas, caderno com muitas folhas em branco , mochila e muitos outros itens, poderiam ser melhor aproveitados. Faço isso com meus filhos, já alguns anos, separamos o que serve e compramos somente aquilo que falta. Mas será que usar lápis de cor que está pela metade no começo do ano é motivo de vergonha ? Muitos Pais pensam assim e repassam esses conceitos aos filhos, é uma pena.
Seguir modismo, não é uma atitude consciente, quando falamos em jogar lápis de cor pela metade no lixo, estamos falando de " centenas de árvores" que são derrubadas para fazer esse mesmo lápis, que serão jogadas fora. Quando os pais ensinam, seus filhos aprendem, só precisamos dar o exemplo. Se os pais trocam o carro, a geladeira, o fogão, o celular, a decoração da casa sem necessidade, como vamos exigir dos nossos filhos atitudes como essa? Infelizmente alguns pais realizam velhos sonhos de consumo trazidos da infância. Comprando aquela caixa de lápis de cor com 36 cores que nunca teve , ensinando os filhos a medirem as suas amizades pelas coisas materiais, pela aparência, afinal, o filho não pode ser inferior aos seus colegas de sala, já que na infância ele sofreu muito por causa disso. Outros nunca tiveram dificuldades, não sabem o valor das coisas, e o que é pior, aos pais acreditam que pagando um ensino caro, podem repassar a responsabilidade da educação de seus filhos para a escola.
Estamos vivendo um momento crucial no Planeta, para mantermos o capricho de uma sociedade de consumo, a matéria prima está sendo extraída de forma desordenada e desenfreada. Os efeitos já estão sendo observados principalmente no clima, em diversos pontos do Globo, colocando em risco toda forma de vida no Planeta.

A saída é consumir pouco ou consumir produtos que não agridam, ou agridam menos possível o meio em que vivemos, produzindo menor quantidade de lixo.
Somos seres tão inteligentes, desenvolvidos tecnologicamente mas escravos do orgulho e do egoísmo, um retrato de uma sociedade que prima pelo individualismo. Isso acarreta uma infinidade de situações e riscos ambientais, que nem mesmo a tecnologia e a inteligência conseguiram solucionar até o momento. 

Se todos começarem agora, a praticar pequenas atitudes conscientes, diversos problemas relacionados a Natureza e ao Meio Ambiente, podem ser amenizados ou até solucionados.
Desejo um ótimo ano de estudo para todos, com muita consciência ambiental e com muita responsabilidade no processo de educar seus filhos, que serão os pais de seus netos, que são a esperança de um Planeta melhor amanhã :) 


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Material escolar sustentável

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

14 maneiras de reduzir o Aquecimento Global

Meus amigos,
Segue um estudo recente da Agência Espacial Norte Americana, com 14 medidas para reduzir o atual problema do aquecimento Global no Planeta.O vídeo acima é do Greenpeace, um alerta sobre os efeitos no Brasil.Tá na hora de agir, antes que seja tarde demais...

A Nasa (Agência Espacial Norte-Americana) desenvolveu um estudo que propõe maneiras de reduzir o aquecimento global. O trabalho indica 14 medidas que o planeta deve adotar para amenizar as intensas mudanças climáticas.
De acordo com o estudo, uma ação que conseguisse combater a emissão do gás metano e a poluição por fuligem acarretaria na redução do aquecimento global de 2,2ºC para 1,7ºC em 2050. Além disso, poderiam ser evitadas mortes por doenças respiratórias e o cenário aumentaria a produtividade agrícola.
O estudo da Nasa foi publicado na revista "Science". Segundo os cientistas, compensa investir nas medidas propostas, pois os custos poderiam ser maiores em saúde pública e agricultura. Entre as propostas estão incluídas a substituição de fornos a carvão e controle do vazamento de metano em poços de petróleo.
Os estudiosos acreditam que o combate ao gás metano ajudaria os produtores rurais, pois estimula o surgimento de ozônio em baixas altitudes, o que prejudica a respiração das plantas. "As colheitas seriam o fator do qual países como o Brasil mais se beneficiariam", disse o líder do trabalho, Drew Shindell, da Nasa, à Folha de S Paulo. "Em países como China e Índia, o principal benefício seria na saúde pública, porque o problema de poluição por fuligem é muito maior lá", completa.
Segundo os cálculos dos estudiosos, a produção mundial de alimentos poderia aumentar de 30 milhões a 130 milhões de toneladas, caso o ozônio derivado da poluição fosse reduzido indiretamente devido o combate ao metano.
Apesar deste ser o gás-estufa mais forte ele  não é o mais abundante. A fuligem também contribui para a mudança climática, principalmente, quando se acumula sobre a neve e o gelo, pois atrapalha a capacidade da água congelada refletir radiação para fora da Terra.
O estudo ainda adverte que apesar de focarem nestes dois poluentes, as emissões de carbono devem sim ser reduzidas, o mais rápido possível. "Se adiarmos mais o acordo do clima, mesmo acabando com todo o metano e a fuligem, veríamos um enorme aumento no aquecimento, causado só pelo CO2, na segunda metade do século."
Saiba quais são as 14 propostas da Nasa:
CONTRA O METANO
1. Estender técnicas que evitam o vazamento de gás em minas de carvão.
2. Eliminar as perdas e queimar o gás que hoje escapa de poços de petróleo.
3. Reduzir vazamentos em gasodutos.
4. Separar o lixo biodegradável para reciclagem, compostagem e uso da biomassa.
5. Aprimorar o tratamento de esgoto para capturar o metano que escapa das estações.
6. Controlar emissões da pecuária usando um tratamento especial para o esterco.
7. Arejar as plantações de arroz para reduzir as emissões em plataformas alagadas.
CONTRA A FULIGEM
1. Substituir a frota de veículos muito antigos que emitem poluição demais.
2. Instalar filtros especiais nos veículos a diesel.
3. Banir a queima de resíduos de agricultura ao ar livre.
4. Substituir fornos a lenha por fornos a gás ou combustíveis de queima limpa.
5. Levar aos países pobres a tecnologia de fornos por queima de biogás.
6. Substituir tijolos de barro por vigas verticais ou por tijolos de fornos mais eficientes.
7. Substituir fornos a queima de coque (subproduto do carvão) por fornos mais eficientes.
Com informações da Folha.
Redação CicloVivo

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Resistência Moral perante as adversidades -Grecia e Brasil

 “Sem resistência moral, no turbilhão de conflitos purificadores, o coração mais nobre se despedaça. ” Emmanuel FV 90

Assuntos relacionados a crise financeira em diversos países do Continente Europeu, são apresentados diariamente pela mídia. O que não se fala muito, é o reflexo dessa crise ao longo do tempo, na cultura, nos valores, na sociedade e na vida do cidadão. Em diversas partes do Mundo, existem pessoas desempregadas, sem moradia, sem saúde, com fome, sentindo na pele o abandono, a indiferença e vivendo muitas vezes na rua, totalmente isolados da maioria. (assunto que os brasileiros conhecem muito bem !)

No mundo de hoje, quem enfrenta uma crise econômica de grandes proporções, recebe ajuda de Instituições não Governamentais, de outros Países,de serviços religiosos, que oferecem alimentos, roupas, abrigo,amparo as crianças abandonadas, amenizando o efeito causado por um problema bem maior, que acaba ficando sem solução. O auxílio é importante,mas tem efeito paliativo,pois o sentimento de incompreensão,revolta e dor permanecem.. 
A causa disso é que a grande maioria da população desconhece as Leis Soberanas que regem o Universo e teriam mais força e coragem para suportar os momentos difíceis, seja no campo material ou moral, se estivessem conectadas as Leis Divinas.
Será que os Países acostumados ao conforto material, referência em diversas partes do mundo no campo da cultura, educação, arte, entretenimento, tecnologia, teriam condições de "reeducar" o seu cidadão nesses momentos aflitivos da crise, para que prevaleçam valores mais soberanos do que o dinheiro, o poder ou a posição social? Para que aceitem a situação provisória que estão passando, e continuem no esforço conjunto para encontrar novos caminhos?

Hoje na Grécia,muitos pais estão abandonando seus filhos por falta de condições de criá-los, de dar-lhes segurança e alimento.Não podemos julgar um ato de insanidade segundo as noticias recentes : “Casos como estes estão chocando um país em que os laços de família são muito valorizados. O fracasso em cuidar dos filhos é visto como algo inaceitável socialmente: para os gregos, parecem histórias saídas do Terceiro Mundo, e não se sua própria capital, Atenas”,  deve-se levar em conta muitos outros fatores.

No mundo globalizado a tecnologia elimina fronteiras e aproxima corações. Notícias chegam "on line", anunciando catástrofes, destruição e o sofrimento alheio, provocando uma reação por parte daqueles que já desenvolveram o senso moral e exercem a legítima fraternidade entre os povos. Quem tem mais condição, socorre outros que passam por dificuldades, mas nem sempre é assim, em alguns casos, prevalece a ambição, o jogo de poder e o interesse político. Os necessitados ficam sem receber as doações, que se perdem pelo caminho (vimos isso acontecer nos países assolados pela fome e miséria na África, no terremoto do Haiti e no Tsunami da Indonésia).

O ser humano ainda não está preparado emocionalmente para o momento de dor, principalmente quando o materialismo é o centro das suas atenções. Quando o homem não compreende a realidade espiritual, permanece distante da essência Divina, alimentando as paixões, a ilusão e os sentimentos nocivos do orgulho e do egoísmo.  

E nós? Estamos preparados para viver no limite e mesmo assim,  não nos entregarmos a depressão, não abandonarmos entes queridos, não apelarmos para os vícios e paixões que oferecem alívio emocional momentâneo, mas que levam a auto-destruição e até ao suicídio e a loucura? 

Não basta ter conhecimento é preciso exercê-lo, buscando a espiritualidade para aprender a viver bem mesmo diante das adversidades, ter sem possuir, desapegar-se das coisas e das pessoas. Para conseguirmos isso, precisamos dar o primeiro passo, conhecer a mensagem contida no Evangelho de Jesus e exemplificar em nossas vidas. "A maior caridade com a Doutrina espírita é a sua propagação", já dizia o espírito de Emmanuel. Através do conhecimento dos princípios espíritas, sem a intenção de criar prosélitos, libertamos
consciências e praticamos a caridade de uns para com os outros.

Qual a nossa contribuição para esse Mundo melhor? Ele será renovado com “atitudes” e não com “sonhos”, pois as pequenas atitudes geram grandes mudanças e os novos hábitos,formará uma nova Civilização do futuro. E na certeza de que não estamos sozinhos nessa caminhada, suportemos nossas dores com resignação, fé e coragem, elas purificam o espírito, mas lutemos para sermos melhores. Se o passado bate à porta, lembre-se  que o futuro nos oferta a renovação, um novo porvir... basta o nosso esforço, dedicação e uma consciência renovada na Lei Universal do Amor.

Muitos espíritos que passaram na Terra vivenciaram as Leis Divinas, exemplificaram o Amor,deixaram um rastro de Luz, mensagens de renovação e esperança para uma Terra Renovada que aguarda toda a Humanidade, afinal, seremos os grandes herdeiros desse lindo Planeta Azul.

Segue a reportagem:
 
"Certa manhã, algumas semanas antes do Natal, uma professora pré-primária em Atenas encontrou um bilhete que dizia respeito a uma de suas alunas de quatro anos de idade.

"Não voltarei para buscar Anna hoje porque não tenho dinheiro para cuidar dela", dizia o bilhete. "Por favor, tome conta dela. Desculpe. Sua mãe."

Nos dois últimos meses, o padre Antonios, um jovem sacerdote ortodoxo que dirige um centro de juventude para a população carente, encontrou quatro crianças em sua porta - entre elas, um bebê com menos de um mês de idade.

Outra organização não governamental teve de atender um casal cujos bebês gêmeos estavam hospitalizados, sendo tratados por desnutrição. Isso porque a mãe, também desnutrida, não conseguia amamentá-los.

Casos como estes estão chocando um país em que laços familiares são bastante valorizados. O fracasso em cuidar de seus filhos é visto como algo inaceitável socialmente: para os gregos, parecem histórias saídas do Terceiro Mundo, e não se sua própria capital, Atenas. 

Desempregada, sem-teto e desesperada
Uma das crianças cuidadas pelo padre Antonios é Natasha, uma esperta menina de dois anos levada ao centro por sua mãe, algumas semanas atrás.

A mãe se disse desempregada, sem-teto e desesperada por ajuda. Mas, antes mesmo que a equipe do centro pudesse oferecer-lhe algo, a mulher desapareceu, deixando sua filha ali.

"No último ano, recebemos centenas de casos de pais que querem deixar seus filhos conosco, por nos conhecerem e confiarem em nós", diz o padre Antonios. "Eles dizem que não têm dinheiro, abrigo ou comida para suas crianças e esperam que nós possamos prover-lhes isso."

Pedidos desse tipo não eram incomuns antes da crise econômica grega. Mas Antonios diz que, até agora, nunca havia se deparado com crianças que haviam sido simplesmente abandonadas.

Maria é uma das mães solteiras pobres a deixar sua filha sob o cuidado de terceiros. "Choro em casa sozinha todas as noites, mas o que posso fazer? Dói meu coração, mas não tive escolha", justifica.

Ela passava seus dias e parte das noites procurando trabalho, tendo que deixar sua filha Anastasia, de oito anos, sozinha em casa durante horas. As duas dependiam da comida doada por uma igreja. Maria diz que perdeu 25 kg.

Até que decidiu deixar Anastasia em uma ONG chamada SOS Children's Villages. "Eu posso sofrer, mas por que ela (Anastasia) teria que sofrer também?", diz Maria.Maria agora trabalha em um café, mas ganha apenas 20 euros por dia. Visita Anastasia mais ou menos uma vez por mês e espera retomar a guarda da filha quando sua situação econômica melhorar - mas não sabe quando isso vai acontecer.

Longe dos pais

O diretor de assistência social da SOS Children's Villages, Stergios Sifnyos, diz que a ONG não está acostumada a receber crianças de famílias afetadas pela crise, nem quer fazê-lo.

"Maria e Anastasia são muito próximas. Não há razão para ficarem separadas", afirma ele. "Mas é difícil para ela receber sua filha de volta sem ter certeza se vai continuar tendo um emprego no dia seguinte."

No passado, a SOS Children's Village costumava cuidar de crianças afastadas de seus pais quando estes tinham problemas com álcool e drogas. Agora, o principal fator é a pobreza.

Outra ONG, The Smile of a Child, atendia no passado principalmente casos envolvendo abusos e negligência de menores. Hoje também está tendo que atender crianças prejudicadas por carências econômicas.

O psicólogo-chefe da ONG, Stefanos Alevizos, diz que, quando uma criança é deixada por seus pais nessa situação, suas fundações psicológicas ficam profundamente abaladas.

"Elas experimentam (os sentimentos de) separação como um ato de violência, porque não conseguem entender as razões disso", explica.

Mas, para Sofia Kouhi, da mesma ONG, a maior tragédia da atual situação grega é que os pais que deixam seus filhos sob os cuidados de terceiros costumam ser os que mais amam essas crianças.

"É muito triste ver a dor em seu coração por deixar seus filhos, mas eles sabem que é melhor assim, pelo menos neste momento", opina.

O padre Antonios discorda. Ele acredita que, por mais pobres que sejam seus pais, as crianças sempre estão em melhor situação se estiverem com suas famílias.

"Estas famílias serão julgadas por abandonarem seus filhos", afirma. "Podemos prover comida e abrigo, mas a maior necessidade de uma criança é sentir o amor de seus pais."
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Fonte: http://www.estadao.com.br/noticias/internacional,crise-faz-pais-abandonarem-filhos-na-grecia,821326,0.htm