quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

O invisível raio ultra violeta


Imaginamos o que pode acontecer nas grandes cidades, com o índice crescente de calor nesse verão e com a elevação dos raios ultra violeta. A maioria  desconhece os efeitos da exposição ao sol, somente preocupam-se em usar protetores solares, quando estão de férias na praia, ou quando estão na piscina dos clubes. 


A nossa pele é muito sensível aos raios ultravioletas (raios UV) , que podem provocar também reações tardias, devido ao efeito cumulativo da radiação durante a vida, causando o envelhecimento cutâneo e as alterações celulares que, através de mutações genéticas, predispõem ao câncer da pele.


Já foi o tempo em que uma "pele dourada" em uma máquina de bronzear,  representava status e beleza. Hoje a saúde está em primeiro lugar , devemos ter muito cuidado na exposição ao sol. O fator mínimo de proteção contra UVB recomendado pelos médicos é 15. Pessoas ruivas e loiras precisam usar, no mínimo, o 30. Evite os horários que o sol está muito forte, proteja seus animais de estimação, crianças e idosos. Se você conhece pessoas que trabalham expostas ao sol nesses horários, incentive o uso do protetor solar.


Segue trechos da agência Estado , do dia 23 e 24 de fevereiro, alertando que a cidade de SP, atingiu o índice máximo de exposição ao ultra violeta nesses dois dias. Mais um efeito do calor e da destruição lenta, provocada pelos homens, na camada de ozônio. Vale lembrar que nossas geladeiras, sprays, ar condicionado,  vem comprometendo a saúde humana causando doenças como depressão do sistema imunológico, catarata nos olhos, câncer de pele e também ao ambiente como a diminuição da produção de cultivos agrícolas, árvores e organismos marinhos correndo sérios riscos de extinção.


A natureza está reagindo aos maus tratos que os homens provocaram ao longo das últimas décadas. Coloquei ao lado,  um vídeo que circula na Internet, com uma possível mudança em nossas vidas em 2070 , se não fizermos nada para modificar a situação que vivemos hoje.
Índice de radiação ultravioleta chega ao extremo em SP
PRISCILA TRINDADE E SOLANGE SPIGLIATTI
AGÊNCIA ESTADO 
23/02/2010 - 16:07

O índice de raios ultravioleta (UV) chegou ao máximo de uma escala que vai do 1 ao 14, no começo da tarde desta terça-feira, na cidade de São Paulo, segundo informações do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (Cptec) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). O índice chegou ao extremo devido ao forte calor e à ausência de nuvens por volta do meio-dia.
Segundo a doutora em Física Marcia Yamasoe, do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG) da Universidade de São Paulo (USP) “é comum que o índice alcance valores altos no período das 12 horas, durante o verão”. Nesses casos, a orientação é intensificar a proteção, permanecendo na sombra e com protetor solar, sendo indicado evitar o sol.
De acordo com a divisão estabelecida pelo Cptec, o índice de raios UV é considerado baixo entre 1 e 2, quando as pessoas podem permanecer no sol sem problemas. Entre 3 e 5, ele é considerado moderado; e entre 6 e 7, alto. Nos dois casos, as recomendações são usar protetor solar, usar camiseta e boné e procurar sombra. Entre o índice 8 e 10, ele é considerado muito alto. Por volta das 10h30, a capital paulista registrou o índice 10 de radiação ultravioleta.
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PRISCILA TRINDADE
AGÊNCIA ESTADO 

24/02/2010 - 16:11
A nebulosidade na capital paulista impediu que os raios ultravioleta (UV) voltassem a atingir, hoje, o índice máximo de radiação. nesta terça-feira, a cidade bateu o grau máximo de raios UV - numa escala que vai de 1 a 14 - devido à falta de nuvens no céu, que funcionam como uma capa protetora contra esse raios.
De acordo com o Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos (Cptec), por volta do meio-dia desta quarta-feira, o índice ficou acima de 11, condição ainda considerada alta, mas não chegou a 14. Mesmo assim, é preciso usar protetor solar, boné e procurar se proteger nas sombras.
O Cptec informou que é comum nesta época do ano os índices de raios UV chegarem ao extremo. A partir de março, quando tem início a estação outono, a tendência é de que haja redução desses índices.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Cidades Inovadoras

Meus amigos,


Segue uma notícia importante enviada pelo meu amigo Dalmo do Blog "Observador Espírita".Perguntei à ele: 'Posso postar no meu Blog?" .E ele disse: " Claro,quando recebi já pensei no seu Blog". Fico muito feliz com a participação dos amigos que nos incentivam a continuar.
Agradeço à todos que visitam esse espaço e sugerem os assuntos!! 
Segue as minhas reflexões e a reportagem.




Quais os meios disponíveis para atingir a sustentabilidade nas grandes cidades, inovando e criando modelos capazes de contribuir com o meio ambiente, gerenciando problemas,encontrando soluções e caminhos que despertem a participação da comunidade? Somos capazes de influenciar a própria cidade , tornando-nos  exemplos para outros Estados e para o País.

Precisamos urgente encontrar soluções viáveis para diversos problemas que atingem todos que sofrem no dia a dia, nas grandes capitais, as consequências da falta de planejamento urbano, da quase "nenhuma participação" do cidadão nos problemas da sua cidade.

Só sentimos o peso do problema, quando ele bate em nossa "porta" , vejam as chuvas recentes, só mobilizou a comunidade , quando ocorreram grandes destruições..

Esse encontro abordará algumas dessas questões, com especialistas que sozinhos são poucos, mas unidos com a sociedade (que somos todos nós) podem mudar o panorama do futuro..


Conferência Internacional de Cidades Inovadoras 2010
Curitiba sedia Conferência Internacional de Cidades Inovadoras

Promovida pelo Sistema Fiep, a CICI2010 trará mais de 80 especialistas nacionais e internacionais para debater soluções que promovam a sustentabilidade e a prosperidade econômica e social nas cidades

Entre os dias 10 e 13 de março, Curitiba receberá mais de 80 especialistas de todo o mundo que irão debater caminhos para a construção de realidades urbanas mais inovadoras, prósperas e humanizadas. Uma iniciativa do Sistema Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), a Conferência Internacional de Cidades Inovadoras (CICI2010) trará experiências de sucesso em planejamento urbano, sustentabilidade, mobilidade, gestão e políticas públicas, entre outras, que transformaram cidades em ambientes propícios ao desenvolvimento econômico, social e ambiental.

Entre os nomes de peso que participarão da conferência estão Steve Johnson (EUA), autor de seis best-sellers que influenciaram desde ações de planejamento urbano até a luta contra o terrorismo; Pierre Lévy (Canadá), filósofo que estuda o conceito de inteligência coletiva; Marc Giget (França), diretor-fundador do Instituto Europeu de Estratégias Criativas e Inovação; Jaime Lerner (Brasil), arquiteto e urbanista, ex-prefeito de Curitiba; Jeff Olson (EUA), arquiteto e urbanista envolvido em projetos que contemplam espaços verdes e meios de transporte alternativos; Marc Weiss (EUA), presidente do Global Urban Development e líder do projeto Climate Prosperity; Clay Shirk (EUA), professor de Efeitos Econômicos e Sociais das Tecnologias da Internet e de New Media na New York University; e o arquiteto Mitsuru Senda (Japão). A lista completa e o currículo dos palestrantes estão no site www.cici2010.org.br.

...“A inovação é o único caminho para construirmos uma sociedade sustentável. E para que as empresas brasileiras e todo o País inovem é preciso, antes de tudo, que nossas cidades sejam inovadoras”, afirma o presidente do Sistema Fiep, Rodrigo da Rocha Loures. “A CICI2010 será uma grande oportunidade para que possamos pôr nossas cidades definitivamente na rota da inovação”, acrescenta.

Copromovida pelas prefeituras de Curitiba, Lyon (França), Bengaluru (Índia) e Austin (Estados Unidos) e com apoio institucional das Nações Unidas, a conferência é dirigida a empresários, gestores públicos, pesquisadores, estudantes e interessados em inovação. O evento está dividido em quatro grandes temas: “O reflorescimento das cidades”, com experiências de inovações sociais e tecnológicas para a construção de um novo ambiente urbano; “A reinvenção do governo a partir das cidades”, que trará inovações em gestão e experiências de inovações políticas e da cidade como sistema vivo; “A governança do desenvolvimento nas cidades”, uma mostra de experiências de inovações para o desenvolvimento local e apresentação de experiências de inovações para a sustentabilidade; e “Cidade-rede e redes de cidades”, que servirá para a formação do núcleo da Rede de Cidades Inovadoras.

Paralelamente à CICI2010 serão realizados outros eventos integrados, c omo a Conferência Internacional sobre Redes Sociais, o 1º Encontro Internacional de Cidades de Médio Porte e o 2º Encontro de Governos Locais da Índia, Brasil e África do Sul. E será lançado o projeto “Curitiba, Cidade Inovadora 2030”, que visa transformar a cidade e sua região metropolitana em um espaço propício à inovação, à educação e ao surgimento de uma indústria mais sustentável.

Inscrições – As inscrições para a Conferência Internacional de Cidades Inovadoras podem ser feitas pelo site www.cici2010.org.br. Até 21 de fevereiro, o pacote completo para acompanhar o evento, com acesso liberado a toda a programação da conferência, tem preço promocional de R$ 440,00. Estudantes têm 50% de desconto. Também é possível adquirir pacotes menores, para acompanhar uma ou mais conferências da noite, onde estarão alguns dos principais palestrantes da CICI2010. O pagamento pode ser feito por cartão de crédito ou depósito bancário.

Apoio: Planeta Voluntários
Conferência Internacional de Cidades Inovadoras 2010
Saiba mais: www.cici2010.org.br
Curitiba/ Paraná/ Brasil

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Ordem e Progresso sem euforia






No Brasil e no mundo, os holofotes estão voltados para a presença de celebridades internacionais, que comemoram o Carnaval em pleno verão tropical , aproveitando das paisagens naturais e do acolhimento do povo Brasileiro. 

Ao mesmo tempo, os olhares se voltam para o Canadá, acompanhando os atletas da Olimpíada de Inverno na cidade de Vancouver. Não sei se é por causa do inverno, por falta de celebridades ou porque a Olimpíada é no Canadá, o interesse pelo esporte na mídia é bem menor.

Nosso Blog é direcionado as questões ambientais, mas precisamos analisar o que pode acontecer com as nossas reservas naturais, com o interesse mundial pela nossa cultura,  crescendo a cada dia .

O dever de um povo é preservar a sua terra, a sua cultura e cuidar muito bem do seu patrimônio, para que não seja destruído ou transformado. Na história do Brasil, infelizmente, não temos boas lembranças do que ocorreu com nosso povo, com a nossa cultura e com o nosso patrimônio desde a sua descoberta.

É tempo de Carnaval,  de copa do Mundo no Rio, os holofotes só aumentam o interesse. .

Com a estabilidade financeira, a descoberta de petróleo, o desenvolvimento da agricultura e da ciência, o respeito conquistado pelo nosso representante maior, um país solidário, a maior concentração de oxigênio do mundo, em tempos de aquecimento global e de crise econômica, entre outros fatores, nos levam a um crescimento eufórico, abrindo portas para os interesseiros, os aproveitadores, os atravessadores e para os investidores,  movimentando assim, o capital estrangeiro  que chega a todo momento. 

Não podemos perder de jeito nenhum o controle do nosso território, das nossas riquezas naturais e materiais. Segue abaixo, um texto que correu na internet anos atrás, para que possamos refletir que todo cuidado é pouco nesse momento de crescimento eufórico que passa o nosso querido Brasil.Lembrando que, apesar de tantas notícias boas , ainda temos muito o que fazer pela saúde, educação, alimentação, pela Paz, pelo trabalho honesto, pela distribuição justa de riquezas e justiça para todos.
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O ex-ministro da educação e senador Cristóvão Buarque, foi questionado por um jovem americano, sobre o que pensava da internacionalização da Amazônia.
O jovem americano introduziu sua pergunta dizendo que esperava a resposta de um humanista e não de um brasileiro. Esta foi a resposta do Sr. Cristóvam Buarque:

 "De fato, como brasileiro eu simplesmente falaria contra a internacionalização da Amazônia. Por mais que nossos governos não tenham o devido cuidado com esse patrimônio, ele é nosso.
 Como humanista, sentindo o risco da degradação ambiental que sofre a Amazônia, posso imaginar a sua internacionalização, como também de tudo o mais que tem importância para a humanidade.

Se a Amazônia, sob uma ética humanista, deve ser internacionalizada, internacionalizemos também as reservas de petróleo do mundo inteiro. O petróleo é tão importante para o bem-estar da humanidade quanto a Amazônia
para o nosso futuro.
Apesar disso, os donos das reservas sentem-se no direito de aumentar ou diminuir a extração de petróleo e subir ou não o seu preço."
Da mesma forma, o capital financeiro dos países ricos deveria ser
internacionalizado. Se a Amazônia é uma reserva para todos os seres humanos, ela não pode ser queimada pela vontade de um dono, ou de um país.
Queimar a Amazônia é tão grave quanto o desemprego provocado pelas decisões arbitrárias dos especuladores globais. Não podemos deixar que as reservas financeiras sirvam para queimar países inteiros na volúpia da especulação.
Antes mesmo da Amazônia, eu gostaria de ver a internacionalização de todos os grandes museus do mundo. O Louvre não deve pertencer apenas à França.
Cada museu do mundo é guardião das mais belas peças produzidas pelo gênio humano. Não se pode deixar esse patrimônio cultural, como o patrimônio natural Amazônico, seja manipulado e instruído pelo gosto de um proprietário ou de um país.
 Não faz muito, um milionário japonês decidiu enterrar com ele um quadro de um grande mestre. Antes disso, aquele quadro deveria ter sido internacionalizado.
Durante esse encontro, as Nações Unidas estão realizando o Fórum do Milênio, mas alguns presidentes de países tiveram dificuldades em comparecer por constrangimentos na fronteira dos EUA... Por isso eu acho que Nova York, como sede das Nações Unidas, deve ser internacionalizada. Pelo menos Manhattan deveria pertencer a toda a humanidade. Assim como Paris, Veneza, Roma, Londres, Rio de Janeiro, Brasília, Recife, cada cidade, com sua beleza específica, sua historia do mundo, deveria pertencer ao mundo inteiro.
 Se os EUA querem internacionalizar a Amazônia, pelo risco de deixá-la nas mãos de brasileiros, internacionalizemos todos os arsenais nucleares dos EUA. Até porque eles já demonstraram que são capazes de usar essas armas, provocando uma destruição milhares de vezes maiores do que as lamentáveis queimadas feitas nas florestas do Brasil.
 Defendo a idéia de internacionalizar as reservas florestais do mundo em troca da dívida. Comecemos usando essa dívida para garantir que cada criança do Mundo tenha possibilidade de COMER e de ir à ESCOLA.
Internacionalizemos as crianças tratando-as, todas elas, não importando o país onde nasceram, como patrimônio que merece cuidados do mundo inteiro.
Como humanista, aceito defender a internacionalizaçã o do mundo.
Mas, enquanto o mundo me tratar como brasileiro, lutarei para que a Amazônia seja nossa. 
Só nossa!

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Precisamos de Paz! Alcides e seu exemplo


Alcides, um Brasileiro, quase um biomédico.
Sua mãe: Catadora de Papel, uma verdadeira educadora da família.
Seu Pai: ??
Irmãos: estudiosos como ele,saídos de uma escola pública.
Não são somente exemplos de inclusão, são exemplos de "Seres Humanos".
Alcides partiu, no último ano da Faculdade, vítima de um "erro", uma violência sem propósito.
Até quando vamos assistir o noticiário transmitir a perda de mais uma vida tão valorosa aqui na Terra?
Qual o objetivo desses espíritos, que passam tão rapidamente, e deixam uma mensagem tão  forte para os que ficam?
O que o destino tem traçado para os seres que passam pela Terra, sem adquirir nenhum aprendizado e ainda servem de instrumentos de tanta barbaridade em nome da guerra, da destruição, da inveja, dos vícios e do falso poder que tem nas mãos.
A prática criminosa só existe, por causa das indústrias de armamento dos  países desenvolvidos,dos interesses políticos, que continuam alimentando o mundo do crime .
Esses mesmos Países, discursam em nome da Paz, e alegam que ela também pode ser conquistada através da violência em alguns casos, são os primeiros a dar o exemplo.

Precisamos urgente mobilizar a sociedade e retomar o uso de uma palavra simples deixada por Gandhi:
AHIMSA!! NÃO VIOLÊNCIA!!
EU QUERO O DESARMAMENTO..
VOCÊ QUER..
E O MUNDO QUER..
ELE PRECISA DE PAZ
NÓS PRECISAMOS TER PAZ!!
O MUNDO QUER PAZ..

Segue um artigo que publiquei na coluna do site da Fundação Espírita André Luiz em 2006.


A-HIMSA (não violência) 
14/06/2006

Analisando os últimos acontecimentos que paralisaram grandes capitais e que recuaram diante do medo, da insegurança, da violência, parei para pensar um pouco mais sobre o significado da palavra violência.
A palavra violência vem do latim "violentia" que significa "a força que se usa contra o direito e a lei", e a palavra, violento, vem do latim "violentus", é todo aquele que age com força impetuosa excessiva, exagerada. Na língua latina a palavra apresenta também o significado de "poder" "dominação", e o seu uso é concedido aquele que exerce autoridade na impossibilidade de resistência, violando a integridade do outro.
O emprego dessas palavras, podem ter significados mais amplos: a violência das tempestades, das paixões, da palavra, do espaço e sentimento alheio e percebemos que, de certa forma, quando prejudicamos alguém, também agimos com violência:
A violência contra a liberdade de expressão.
A violência do uso indevido da autoridade e do poder sobre o outro.
A violência que inibe a criatividade.
A violência de sentimentos e emoções.
Carregamos ainda em nós todos os fatores que produzem guerra, esses fatores são conhecidos como crueldade, egoísmo, cobiça, ambição, ódio, astúcia, inveja, etc.
Há dois mil anos nosso Mestre Jesus já nos ensinava qual a melhor maneira de lidar com a violência: «Vós tendes ouvido o que se disse: Olho por olho e dente por dente. Eu, porém, digo-vos que não resistais ao mal; mas se alguém te ferir na tua face direita, oferece-lhe também a outra» (Evangelho de Mateus, cap. 5: vv. 38 e 39).
Estes eternos ensinamentos do Cristo foram interpretados em espírito e verdade pelo Codificador da Doutrina Espírita, Allan Kardec, quando esclarece: «Por essas palavras Jesus não proibiu a defesa, mas condenou a vingança. Dizendo-nos para oferecer uma face quando formos batidos na outra, disse, por outras palavras, que não devemos retribuir o mal com o mal; que é mais glorioso para ele ser ferido que ferir, suportar pacientemente uma injustiça que cometê-la; que mais vale ser enganado que enganar, ser arruinado que arruinar os outros. A fé na vida futura e na justiça de Deus, que jamais deixa o mal impune, é a única que nos pode dar a força de suportar pacientemente os atentados aos nossos interesses e ao nosso amor-próprio». (O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XII: Amai os vossos inimigos.) (Os grifos são de A. Kardec.)
Depois da mensagem do Cristo e de kardec, recebemos também esse ensinamento através de Gandhi que tornou-se mundialmente conhecido ao expulsar o Império Britânico da Índia sem disparar um tiro sequer.
Ele trouxe o pensamento puro da Índia: A-Himsa, a não-violência e que foi inspirada pelo Amor universal. Himsa significa querer matar, querer prejudicar... A-Himsa é, pois, a renúncia a toda a intenção de morte ou dano ocasionado pela violência.
A-Himsa é o contrário de egoísmo. A-Himsa é altruísmo e amor absoluto. A-Himsa é ação reta é a prática do bem, a não violência em pensamentos, palavras e obras.
O egoísmo, a traição e a falta de fraternidade têm dividido a humanidade. Necessitamos de uma total revolução da consciência, este é o único tipo de revolução que aceitamos, aquela que fará grandes mudanças internas, matando definitivamente o Ego.
O período atual é de mudança. Somos convidados a realizar a nossa transformação, de olharmos uns aos outros como irmãos, aprendendo a oferecer a outra face, desarmando nossa alma, permitindo que o outro consiga chegar até nós, pacificando nosso coração, nossos sentimentos, renovando atitudes.
A paz é a antítese e o antídoto contra a violência. Paz é a condição essencial para uma vida feliz. Nós estamos sempre correndo atrás da felicidade, achando que ela depende de conseguirmos e mantermos as coisas pelas quais "nos ensinaram a lutar", e que nem sempre vale a pena lutar por elas. Estamos sempre correndo atrás do amor, da saúde e do dinheiro, mas esquecemos completamente que, se não tivermos paz para desfrutarmos das coisas que realizamos, não haverá felicidade possível em nossa vida.
Se existem almas desgovernadas em suas emoções e que ainda usam da violência contra o outro, a violência maior que cometem é com eles próprios. Vamos então, vibrar por todos aqueles que necessitam encontrar os caminhos que levam a Paz, dentro desse contexto vamos começar em nós.
Para concluir vou parafrasear Confúcio:
Havendo paz na família, haverá harmonia na sociedade.
Havendo harmonia na sociedade, haverá justiça na nação.
Havendo justiça na nação, haverá paz e felicidade na Terra.

Aquele que não é capaz de governar a si mesmo, não será capaz de governar os outros." (Gandhi) 

Referências Bibliográficas :

(1) ALLAN KARDEC. O Evangelho segundo o Espiritismo», cap. XII: Amai os vossos inimigos 5a edição- IDE.
(2) A BÍBLIA. Evangelho de Mateus, cap. 5: (v. 38 e 39).
(3). DIVERSOS. Gandhi o apóstolo da não -violência -Editora Martin Claret


sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Um outro mundo é possível - FSM







Comemorando 10 anos, o Fórum Social Mundial recebeu mais de 155 mil pessoas, em mais de 7 cidades de Porto Alegre,  abordando questões relacionadas a um mundo possível para todos.
O processo do Fórum Social Mundial, desde seu início, se caracteriza pela autogestão das atividades e ações. Esta autogestão é um processo complexo porque parte da premissa que todas as opiniões e ideias de todos os sujeitos sociais precisam ser levadas em conta, independente de sua “força política”.
Por conta deste método, toda as construções de decisões do FSM ocorrem após várias reuniões, conversas, diálogos e consultas. Sempre por consenso ou maioria política. Nunca houve votação ou imposição de uma maioria eventual.
Neste momento do processo,as entidades organizadoras desejam que o encontro dos vários movimentos sociais e entidades possam "avaliar"os avanços destes 10 anos de FSM e "indicar" novos caminhos para o processo, frente à conjuntura internacional e planetária.
Apesar de alguns temas polêmicos, como a liberação do uso da maconha, acreditando que a liberação deve afastar o usuário de drogas do consumo "proibido", e das questões relacionadas ao MST e partidos de esquerda, os temas relacionados as questões ambientais, aos povos indígenas e a educação foram destaques do encontro.Um belo espaço de reflexões da sociedade em busca de alternativas.

Segue um resumo do debate com o tema: 
O desafio humano para uma era sustentável.
A necessidade de mudança radical no comportamento humano para a constituição de uma verdadeira educação ambiental esteve em evidência na conferência “Educação Ambiental e o Desafio de Uma Era sustentável”, ocorrida na manhã desta quinta-feira (28/01) no Pavilhão Central Sapiranga do Fórum Social Mundial em Porto Alegre.
O ambientalista e economista político Ladislau Dowbor,  apresentou a evolução das águas, a situação das florestas mundiais, a extinção das espécies e a evolução do aquecimento global. Alertou que hoje o Planeta Terra soma 7 bilhões de pessoas e destacou a importância do controle de natalidade em todo o mundo.
Para o ambientalista de origem francesa, o maior problema do planeta é fruto do crescimento desordenado e rápido da população mundial. “Todos querem consumir mais carne, o que significa mais metano e mais aquecimento. A gente tem que repensar isso”, ressaltou.
Ladislau Dowbow também citou uma frase comum em seu país que diz: “Nada será legitimamente teu, enquanto a outrem faltar o necessário.” A citação veio em defesa de uma mudança radical no comportamento humano.
Para encerrar, ele preferiu resumir tudo o que disse ter escrito e teorizado em livros e em seu próprio site www.dowbor.org, com outra citação: “O sucesso não pode ser medido pelo que eu arranquei do planeta, mas pelo que eu contribui com ele.”
O jornalista Luís Antônio Carvalho, falou das prioridades do Governo Federal, sobretudo da defesa do Código Florestal Brasileiro. apontou a necessidade do trabalho integrado entre Governo Federal, estados e municípios. Salientou que campanhas ambientais bem-sucedidas não necessitam de muitos recursos, mas, sim, de apoio das comunidades. “A responsabilidade das diversas campanhas acaba sempre caindo sobre os ombros dos professores. Daí a necessidade de uma excelente formação para os quadros da educação”, defendeu o representante do Ministério do Meio Ambiente.

Fonte:
Cátia Cylene
Núcleo de Comunicação Social do FSM em Sapiranga

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Reflexões de um ano que mal começou..



Mal começou 2010 , um ano de esperanças e promessas de renovação, e com ele chega também a notícia de um terremoto que devastou o Haiti  e com ele, a esperança de milhares e milhares de seres humanos. Um povo que tentou superar conflitos políticos, inundações, pobreza , agora tenta acordar do pesadelo de uma destruição completa.

Com tantos desastres ambientais provocados pelos homens todos os anos em todo o Planeta, nada se compara ao efeito devastador da natureza.
Nos perguntamos: O que podemos fazer para evitar essa situação? Quando é que vamos parar para respeitar a Natureza e o meio ambiente ? Estamos livres de fatos como esse? Terremotos, maremotos, chuvas torrenciais, destruição em massa, o que está acontecendo com nosso Planeta? Será que Deus resolveu separar o joio do trigo definitivamente?

Parece que sim,  não somente pelos acontecimentos naturais, mas principalmente , pela maneira que o ser humano vem tratando o Planeta. O consumismo desenfreado e o materialismo que impera na sociedade , faz com que a natureza e os recursos naturais, estejam a serviço da ambição humana, sem preocupação com o futuro e as consequencias desse ato.

Sabemos hoje, qual é o efeito da retirada desordenada da madeira , das queimadas, da pesca predatória, do consumo do gás CFC, da poluição dos veículos movidos a diesel e gasolina, do mal uso da água e dos recursos naturais, etc..
A que preço descobrimos isso tudo? Temos tempo suficientes para reverter essa situação ou vamos ficar somente observando?

Como fazer para retirar as pessoas que moram nas encostas, na beira de rios, nos morros, em lugares onde geólogos identificaram movimentação tectônicas, nos lugares aonde existe os perigos de uma invasão do mar , o degelo de regiões como a Groenlândia ou uma seca anunciada como a do Nordeste Brasileiro ?

Em lugares assim, é muito provável que se repitam um grande número de mortes e sofrimento.
Os governantes  tem projetos para impedir que isso ocorra, ou só estão preparados para agir diante dos efeitos e não da causa? Não existem cabeças pensantes para impedir  mais  catástrofes como essa? O que está em jogo verdadeiramente? Vidas humanas ou interesses políticos dos Países mais ricos?

Não importa o que eles pensam , o que importa é o que você pensa e o que está fazendo para melhorar sua  vida e a de todos os que te cercam nesse Planeta. Tudo o que você faz aqui, reflete na vida do seu irmão no outro lado do planeta.

Estamos "interligados" e o sofrimento do outro, reflete diretamente na sua maneira de viver. Se não te tocar pela emoção, pelo coração, te tocará de forma material, quando o motivo for os prejuízos do mundo globalizado.

Pense em suas atitudes em relação ao meio ambiente e leve a sério esse compromisso, se não quiser ser o próximo no noticiário sensacionalista do mundo materialista que AINDA vivemos e que se importa somente em ter a notícia, mas não se preocupa tanto, em ensinar as pessoas a viver de maneira mais consciente e responsável.


Uma das formas de colaborar:
O CICV (Comitê Internacional da Cruz Vermelha) disponibilizou uma conta corrente no HSBC para receber doações. A agência é a 1276 e a conta corrente 14526-84. O CNPJ é 04359688/0001-51.



Segue trechos do livro: Espiritismo e Ecologia de André Trigueiro
(jornalista e ancora do programa " Ecologia" no Globo News)

..."Os atuais meios de produção e de consumo precipitaram a humanidade na direção de um impasse civilizatório, onde a maximização dos lucros tem justificado o uso insustentável dos mananciais de água doce, a desertificação do solo, o aquecimento global, a monumental produção de lixo, entre outros efeitos colaterais de um modelo de desenvolvimento “ecologicamente predatório, socialmente perverso e politicamente injusto."

..."Na pergunta 705 do Livro dos Espíritos, no capítulo que versa sobre a Lei de Conservação, Allan Kardec pergunta: “Porque nem sempre a terra produz bastante para fornecer ao homem o necessário?”, ao que a espiritualidade responde: “É que, ingrato, o homem a despreza! Ela, no entanto, é excelente mãe. Muitas vezes, também, ele acusa a Natureza do que só é resultado da sua imperícia ou da sua imprevidência. A terra produziria sempre o necessário, se com o necessário soubesse o homem contentar-se” (...).


..."Aos espíritas que mantêm uma atitude comodista diante do cenário descrito nessas breves linhas, escorados talvez na premissa determinista de que tudo se resolverá quando se completar a transição da Terra (de mundo de expiações e de provas para mundo de regeneração) é bom lembrar do que disse Santo Agostinho no capítulo III do Evangelho Segundo o Espiritismo. Ao descrever o mundo de regeneração, Santo Agostinho diz que mesmo livre das paixões desordenadas, num clima de calma e repouso, a humanidade ainda estará sujeita “às vicissitudes de que não estão isentos senão os seres completamente desmaterializados; há ainda provas a suportar (...) e que “nesses mundos, o homem ainda é falível, e o Espírito do mal não perdeu, ali, completamente o seu império. Não avançar é recuar, e se não está firme no caminho do bem, pode voltar a cair nos mundos de expiação, onde o esperam novas e terríveis provas”. Ou seja, não há mágica no processo evolutivo: nós já somos os construtores do mundo de regeneração, e, se não corrigirmos o rumo na direção do desenvolvimento sustentável, prorrogaremos situações de desconforto já amplamente diagnosticadas."

..."Não é possível, portanto, esperar a chegada do mundo de regeneração de braços cruzados. Até porque, sem os devidos méritos evolutivos, boa parte de nós deverá retornar à esse mundo pelas portas da reencarnação. Se ainda quisermos encontrar aqui estoques razoáveis de água doce, ar puro, terra fértil, menos lixo e um clima estável – sem os flagelos previstos pela queima crescente de petróleo, gás e carvão que agravam o efeito estufa – deveremos agir agora, sem perda de tempo."

..."Depois que a ONU decretou que 2003 seria o ano internacional da água doce, os católicos não hesitaram em, pela primeira vez em 40 anos de Campanha da Fraternidade, eleger um tema ecológico: “Água: fonte de vida”. Mais de 10 mil paróquias em todo o Brasil foram estimuladas a refletir sobre o desperdício, a poluição e o aspecto sagrado desse recurso fundamental à vida.E nós espíritas? O que fizemos, ou o que pretendemos fazer? O grande Mahatma Gandhi – que afirmou certa vez que toda bela mensagem do cristianismo poderia ser resumida no sermão da montanha – nos serve de exemplo, quando diz: “sejamos nós a mudança que nós queremos ver no mundo”.